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11 de dezembro de 2013



Olá Queridos ,Boa noite ! 

Bem ,sempre se aprende !E assim ,nessa troca de ideias ,nem sempre aceita-se ,mas se aprende a ABRIR HORIZONTES MENTAIS  A NOVAS FORMAS DE APRENDIZADO.

Bem a alguns anos ,eu iniciava na doutrina espírita Kardecista com meus pais ,e durante os trabalhos pouco ou nada sentia ,a não ser a vontade de aprender.



A diretora Espiritual do Templo, havia vindo da Umbanda e muito me auxiliou nessa etapa, pois várias vezes me disse, que eu estava ali de passagem.

Bem,em várias noites e desprendimento ,tive contados com Orientadores ,e assistia diversas palestras proferidas por Irmãos Maiores ,o que na época ,menina de 15 anos ,a procurava para saber ser ,ou não “coisas de minha cabeça “.

Ela sorria e me explicava, cansativamente para ela ,que a noite no desprendimento ,da matéria um guardião ,cuidava de nosso corpo físico,e nos íamos a planos de ensino ,onde visavam nossa aprendizagem.

Em uma dessas noites, com total consciência me vejo, na sala ,repleta de bancos singelos de madeira ,em um lugar que não me era mais estranho ,e pronta para entrar ,quando me diz um dos Irmãos encarregados ,de nossa colocação ,me informa :Hoje é teu dia de ficar na porta! Para minha cara de espanto e descontentamento, pois não ouviria o palestrante, me informa de calma clara e doçura fraterna ,que precisavam  de mim, naquela noite na porta!

Entendi o tom, e mesmo sem entender o porquê, me coloquei do lado externo do templo, e aguardei, uma vez que o Mentor palestrante ,ali já estava iniciando os trabalhos .

Sem poder fazer nada, me coloquei na cadeira que era destinada a quem ficava de “guarda” quando de forma surpreendente, ouvi um enorme alarido no corredor ,onde inúmeras salas estavam em trabalho!
Essa voz, ameaçadora ,afirmava não admitir ser :”ENROLADO “,E QUE ALI ESTAVA PARA ACABAR COM “TUDO “,E QUAL NÃO FOI MINHA SURPRESA !Era um antigo colega de escola que não havia tido notícias desde que iniciamos o segundo grau.

Era feroz na voz e o surpreendi quando disse (vou usar outro nome )Julio César ,é tu ?
Ele entre pasmo e surpreso, com roupas jeans imundas, uma espécie de coturno amarrado entre o pescoço ,para e me pergunta:Tu me conhece?ao que naturalmente respondi ,claro fomos colegas em tal série ,tal escola ,te lembras ?

Ele feliz por ser reconhecido me disse ser a terceira vez que para lá tinha sido levado, mas ninguém o conhecia e a ideia inicial ,era acabar com tudo ali ...

Quando o chamei pelo nome que usava no plano material, ele ,se sentiu desarmado com “gente conhecida”,e me pergunta de forma calma e sem gritos ,onde estava ?
Prontamente, irmãos espirituais se aproximaram e lhe informaram que estava em uma das inúmeras moradas do Pai,e que era muito bom vê-lo calmo e sereno .

Ele afirmava, apontando para mim ,que eu o conhecia ,e que ele não se sentia longe de casa pois se eu estava ali ,eu sabia onde morava.. È a máxima: ”Compreendia ,mas não entendia”

Depois de muita conversa o convencemos a ir junto aos irmãos ali presentes,  tirar as roupas embarrada deixar as botas ,tomar um banho ,e trocar de roupa.Percebia que ele me olhava e como balancei a cabeça e sorri ,ele confiantemente se deixou levar pelos Orientadores ,que ao retornarem ,traziam alguém ,limpo ,de cabelos cortados ,uma vez que tinha um enorme cabelo por ser negro ,e estar perdido .Era outra pessoa,outro espírito...

Ao chegar de roupas claras e limpas, seu sorriso era de tamanha alegria ,que entendi ,antes da explicação ,posterior o porquê eu estava na porta ,no lado externo do Templo.
Ele, como criança feliz dizia ,ela me conhece ,e eu vou ficar bem ,pois seus amigos higienizadores haviam falado que ele estava bem.

Bom, ele adentrou a sala que eu vigiava ,e sobre o episódio me narrou o dirigente das tarefas ali ,que apenas havendo confiança e fé ,haveria como evitar o terceiro tumulto que ele havia feito ali até então.
Dito isso o Mentor Amado, sorriu e disse :”Tu nunca estiveste em lugar de tamanha responsabilidade como hoje “.Ele adentrou a sala e logo acordei ,eram seis horas da manhã .
 Então a dúvida passou para mim, que nem imaginava que coisas desse tipo pudessem ocorrer.
Tínhamos um colega ,que tentei ligar ,mas não morava no local ,vejam ,havia esse fato ocorrido havia  4 ou 5 anos .

De tanto exercitar a discagem e um e outro, encontro um amigo deste ,que quando perguntei pelo Julio César ,ficou uns minutos calado.
Como insisti, ele me respondeu entre pasmo e surpreso: ”TU NÃO SOUBE O QUE HOUVE COM O JULIO?” Eu respondi que não, ao que ele me informou, no final de ano ao  participar de uma corrida de motos ,em choque com outro ,havia falecido.

Era a resposta! Durante quatro ou cinco anos esse espírito vagou, de forma totalmente inconsciente ao que lhe ocorrera, e então, senti o porquê eu estava na porta ,o chamaria de forma espontânea pelo nome e as coisas seguiriam seu rumo!

A Espiritualidade é linda e quanto mais a levarmos a sério, mais teremos chance de aprender...
Nunca mais tive qualquer informação a seu respeito, nem o vi em sonhos ou contatos,pois com certeza ele tinha outras tarefas a cumprir ,e minha tarefa era estar na porta ...

Bem, esse relato nos mostra o quanto podemos ser útil, mesmo sem que saibamos,para aqueles que um dia encontramos, e por um longo ou curto tempo ,fez parte de nossa vida .

Fica a reflexão, se eu tivesse deixado nele uma lembrança infeliz, com certeza não estaria na porta, ou poderia ter dele outro tipo de lembrança.

Adormeci, naquela noite agradecendo a Deus e ao Mentor, que ao me deixarem na porta me deram  dois exemplos :O de que a Fraternidade revira sentimentos ,e que onde estivermos, podemos ser útil a alguém encarnado ou não .


Beijo no coração de todos.
Mara Bahia

3 comentários:

  1. Bah..mais uma bela lição de trabalho, despojamento e entendimento da espiritualidade maior... obrigado por partilhar Cleia!
    Que os amparadores, continuem te conduzindo na busca da evolução e do trabalho fraterno;

    Luz e paz!

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    1. Grata mais uma vez meu Querido ,pelo comentário .Eu lembrei deste episódio ,pois muitas vezes esquecemos que o lugar onde estamos exrecendo tarefas e fazendo o bem ,não importa !O que realmente importa é FAZERMOS O BEM , e assim ,cumpriremos nossa tarefa .
      Mais uma vez grata pelo carinho do comentário !beijos na Família.

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    2. Bela Lição ... E muito bom ler o que escreves. E Como remeter o tempo que estava iniciando no Banco lá nos Cavaleiros e o quando Aprendi com seus depoimentos, com suas orientações, com seu apoio, com sua humildade, com sua generosidade, com sua amorosidade. E ao ler lá no inicio do texto " Esta aqui só de passagem" me faz lembrar muitas coisas, que hoje fazem sentindo em minha caminhada!!! A ti tenho a Agradecer!!

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