Olá Queridos!
A Revolução Farroupilha originada em 1835, teve inúmeros motivos além da
simples definição que lemos do baixo preço do charque.
Era mais que isso, era a ânsia pela liberdade, do Império, que sugava o
que podia do Sul e pela distância, ignorava diversas reivindicações efetuadas
por gaúchos e suas missivas.
Há no Estado Gaúcho, a luta constante na defesa de fronteiras, com o
Paraguai, Uruguai e Argentina, e isso torna um Guerreiro, por natureza e a revolta
pelo descaso do império, e a dignidade de homens livres e de bons costumes,
unidos por diversos laços, mas também divididos em outros vários aspectos, que
partiam da formação da republica farroupilha por uns, até a criação de um novo
pais por outros, a questão do charque por outros, mas unidos pela figura
carismática e forte, no idealismo de liberdade, de Bento Gonçalves.
Esse homem, líder nato de garra e honrado reunia todos os mais diversos
faccionistas, e os reúne em 18 de Setembro de 1935 em Porto Alegre, e surge a
ata de declaração da República Farroupilha.
Essa guerra que duraria vinte anos, tem entre seus líderes Homens de ideais,
Maçons, cuja figura de Bento era inquestionável, além de Giuseppe Garibaldi
que veio da Itália, onde era membro da Ordem Carbonária, uma ramificação
da Maçonaria e também guerreiro por natureza. Une-se aos Farroupilhas, e traça
estratégias muitas vezes, bloqueadas por Bento, pois iam de encontro ao que os
setores mais idealistas da revolução não aceitavam.
A mais falada e conhecida era a saída por mar no porto de Rio Grande
onde a cidade sitiada por Farroupilhas, seria incendiada para chegarem até o mar.
A figura incomparável de Bento, declara, preferir perder a guerra a ter sangue
gaúcho derramado por gaúchos em solo gaúcho.
Enfim, é uma pequena homenagem, que presto a homens livres de Bons Costumes,
que perderam a guerra, mas mantiveram os ideais, a honra e a fibra guerreira
para seus descendentes, que amanhã, mais uma vez, olharão a chama crioula que
queima no acampamento Farroupilha, como prova da chama que arde no coração de
cada filho desta terra de bravos homens e livres.
Bento Gonçalves, parte desiludido para uma de suas fazendas, desde que a
paz foi acertada a suas costas, por Davi Canabarro e Duque de Caxias. Isola-se
e morre pouco depois. Mas a história lhe faria justiça no futuro...
Esse venerável homem, e Mestre de ideais de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, até os tempos de hoje é cantado em prosa e recitado em versos, como
exemplo de homem justo e digno.
Particularmente entre tantos, imperava neste, a verdadeira alma do
Gaúcho, que com certeza também fez com que o coronel Teixeira Nunes e seus 526 Lanceiros
Negros morressem em batalha já perdida.
Parabéns, Rio Grande do Sul, por suas conquistas nas fronteiras, por sua
data Magna Farroupilha, e principalmente por seus guerreiros de ontem, e de
hoje, pois o sangue farrapo, corre nas veias de cada um, que nasce neste
estado, como a herança dos que os antecederam!
Salve 20 de Setembro! O precursor da Liberdade!
Abraço fraterno,
Mara Bahia.
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