Os negros se entreolharam, sorriram com carinho e o Pai de
muitos ,mais velho de todos pergunta humilde,forma que a idade lhe ensinou, o que era ser livre?
O Senhor jovem que era, não percebeu nos olhos de todos uma
grande gratidão e preocupação: “vocês
podem ir embora”, disse ele.
“Pra donde sinhô?”,
pergunta, o negro, na sua sabedoria lhe conta então: “nhôzinho, nós é livre, já nos tempos de seu pai, e ontem um encantado
todo, todo alumiado ,que nem luz de lampião disse que nóis pedisse pra ficar
nesse garpão onde sempre fomo tratado pelo seu pai, feito irmão,acho que era
ele, apesar de nhô não crer, nego veio enxerga eles, lá de longe onde eles tão”...
E assim, continuou...
"Essa negada toda quer continuar a carpi, cortar lenha, ficar
com as famias e nóis lhe pede nos dê o pão, pois nóis só fumo escravos, antes
de libertação, que nos deu o iluminado que nóis sempre tratou feito irmão..."
Dos olhos do jovem senhor, vendo à calma e mansidão que a
noticia trazia ,resolveu naquele instante como prova de libertação, abriu a
porta do galpão, que há muito não tinha corrente nem era prisão e disse ao
velho sábio e orientador, que ficava por conta deles, qualquer atitude de
movimentação.
Quem quisesse ficar, teria ali naquela fazenda garantido
trabalho, lar e pão, além de um pouco de moedas, para atender as necessidades
mais prementes, que eles teriam que aprender ... E ele ensinaria.
Era um novo tempo, e essa fazenda existe, essa história nos
foi contada pelo proprietário, que lhe foi contada por seu avô, e ele hoje as
restaurou, deixando como naquele tempo, e onde antes de seu avô ser o “sinhô” havia um muro com correntes e
esse herdeiro as conservou pois, para quem olhar saber, que ali, naquele local
de Luz, onde muitos apanharam, hoje ele colocou uma cruz, em memória desses negros, que jura ele as vezes escutar,
os seus cantares, como se fosse um hino, de graças a “Deus e ao Sinhô...”!
Com esse texto e essa história que creio ser real, PRESTO
MINHA HOMENAGEM, AS PRETINHAS E AOS PRETINHOS VELHOS, que com sua bondade, a muitos
aconselham, aliviam e confortam.
Meu Amor, Carinho e Gratidão, MESTRES.
Abraço fraterno,
Mara Bahia.
Salve!
ResponderExcluirE temos muito a aprender com Eles!
Saravá
Salve, Salve, meu querido.
ExcluirCom certeza, estamos sempre aprendendo com estes Mestres.
Um beijo, em ti, na Lise e na pequena.
Lindo...Lindo...de arrepiar!
ResponderExcluirBjs
Que bom que gostou, amada.
ExcluirEles estão sempre perto de nós, graças aos Mestres, com suas palavras, bençãos, galinho de arruda e as rosas brancas...
Com amor, Cléia
Um dia magico, assim como todos os outros quando estamos ligados com esses mestres, pais e mães... Gostaria muito de conhecer esse kugar em Baé, interior do RGS... Me fez lembrar de livros que li, onde a cada paragrafo me reportava e vivia aquela história.
ResponderExcluirQueridos.
ExcluirLembro, como se hoje fosse.
Temos muito, para aprender com estes Mestres.
Um beijo em vcs, Cléia