Olá, boa tarde...
Há muitos anos, no
bairro onde moro, havia um padre que nas missas de domingo, fazia durar das dez
ao meio dia, pois era seu costume, em uma comunidade católica, que ainda é na
maioria, que na missa
dominical fosse realizados todos os pedidos e relatados os feitos da paróquia.
Então, o Pároco,
ali falava tudo que queria para a comunidade ali reunida e que antes da missa
já haviam deixado suas refeições prontas, pois sabiam que almoçariam tarde, risos...
Bem, em uma dessas
missas, ele resolveu lançar uma campanha de proteção aos pobres e desprovidos
das redondezas e pediu aos presentes que lembrassem a doce mensagem de Maria,
de Jesus e seus Apóstolos na hora da contribuição financeira a tal caixinha de
coleta.
Enquanto
emocionava os paroquianos com a retórica e os fazia pensar, o quanto dariam
para a campanha, uma vez que sabia, que brincadeiras a parte em comunidade de
italianos, o bolso é apertado,risos...
Entra na Igreja um
cãozinho, com sarna, doente magérrimo, e que buscava abrigo sob um teto. No
caso a Igreja.
O padre, não teve
dúvidas desceu do púlpito onde pregava o amor, a fraternidade, a piedade e
caridade, e sem parar de falar seu sermão, retira o animalzinho, a chutes, sob
ganidos e protestos de alguns paroquianos que não aceitaram, o contra senso do
falado e, do feito.
Bem, quanto ao
valor da coleta, eu não sei se foi arrecadado o que o padre esperava...
Mas sabe-se que
muitos fiéis, foram para outra Paróquia, pois o tal caso teve uma grande
repercussão negativa pela contraditoriedade do Padre.
Assim, como
Francisco de Assis, que aconselhava o amor aos animais, por serem nossos irmãos
caçulas em crescimento e evolução, aconselharam então, na época ao padre,
cuidar do cãozinho, ao que ouviram, para admiração de muitos, que cuidava um
rebanho, não uma ovelha, no caso um cão.
Desculpem, não conter meus dedos na escrita deste
tema e relato dessa história que é bem conhecida, apesar de muitos dos
presentes na época ou até todos já terem partido, mas quando imagino a cena, não
sei se rio ou se me revolto.
Hoje, na época
atual, ainda se vê chutes, não
apenas em animais, mas em mendigos, crianças e idosos, com um final na sua
grande maioria, sempre triste.
E, muitos que
falam em caridade, fraternidade e amor, estes não esquecem de passar a caixinha
de contribuições....
Abraço fraterno e
até...
Mara Bahia.
É incrível mas todos nós falhamos, por soluções impensadas, gestos e pensamentos falhos. Provavelmente o padre também falhou neste momento, caberia conversar para ver o que ele aprendeu com esse fato, não há dia que eu não sofra por dentro, por um pensamento o uma palavra mal pronunciada, por um apego, não vamos crucificar e sim seguir a máxima do nosso irmão maior, "atire a primeira pedra que m não errou". Sofro pelos erros da humanidade, sofro pelos meus erros, há uma conexão, sofro pela minha vaidade e falta de amor ao próximo e pela falta de sabedoria, ainda me perco diariamente num caminho que não é o caminho do meio, ma o caminho da dor, criado por mim mesmo.
ResponderExcluirQuerido Gil, meu mano eterno... Eu que conheço a ti e a Vera, sei como pensam, mas amados, nem sempre é assim... Eu ouvi esse relato de minha sogra, que nunca mais voltou a essa Igreja uma vez que ela e meu sogro, se indignaram por terem muitos cães adotados... A vida nos prega peças amado, eu cai em algumas... Foi muito bom, me vacinei... Não sofra e não te cobre nada! Conheço o coração generoso de tua família, e admiro vocês de uma forma que poucos me comovem. Fraternidade, é exercício diário, até nos esquecer, de fatos que nos machucaram. Amo vocês!Grata pelo comentário!
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