Amigos, olá...
É muitas vezes, repito que temo os “vivos”, pois os "chamados
mortos", como dizia, meu grande Orientador, na juventude, se lhe derem
suas palavras espirituais as cumprirão, sem nenhuma dúvida, enquanto os "vivos na matéria", podem
dá-la, quantas vezes os favorecer.
Fiquem atentos!
Sabedoria de anos em trabalhos espiritualistas,
o ensinaram, e ele repassava a quem quisesse ouvir.
Em recordando essa frase, lembrei-me de um fato que presenciei, e que por ter ocorrido uma única vez, marcou minha vida material e espiritual.
Moro em um local, onde as tradições e crenças, católico-romana, são muito fortes, pois é um bairro de colonização antiga, de famílias italianas.
Bem, neste bairro existe um cemitério, onde
famílias cujos nomes hoje, são colocados em ruas do bairro, que construíram
neste cemitério, jazigos, que se assemelham a antigas e enormes capelas, com
pedras caras, espaço para missa e onde seus descendentes, a cada data ou a cada
semana, refazem ali seus adornos e, ali colocam flores.
Quando faleceu, uma familiar, tia de meu marido,
fui, com outros membros da família, meus filhos, enfim amigos em geral, até
esse local, que nunca havia ido.
Com o decorrer de 2 ou 3 horas, senti uma
pressão nos ouvidos (como sente-se na
subida da serra) e, uma tontura intensa. Comentei com minha filha, que
parecia sentir sobre meus ombros, cem quilos ou mais.
Resolvemos, uma vez que, o sepultamento
seria dali a algumas horas, andar e tomar um pouco de ar.
Eu sentia, os ouvidos tapados, e ao mesmo
tempo vozes que sussurravam, murmúrios, que eu não conseguia entender.
Repeti a oração que sempre faço, em
situações assim, de sepultamentos roguei a Deus, sua proteção a mim naquele
momento, e a aqueles que ali se encontravam, e a partir da terceira respiração
nasal profunda, e depois de empurrar o ar até o abdome, liberar o ar pela boca,
destapou-se meus ouvidos, aliviou a pressão nos ombros e cabeça e a curiosidade
da aprendiz me motivou a ver, e tentar "descobrir
", o que me era totalmente desconhecido apesar de sempre que sei, e há
possibilidade ,compareço a sepultamentos para abraçar familiares e dar um "tchau", ao ser que utilizou
aquela matéria,"quando nós, futuros
mortos, enterramos nossos mortos"(Jesus).
Uma vez já resolvida essas sensações físicas, entramos na capela
funerária onde um padre jovem, consolava familiares e, dava a todos, uma
palavra terna de esperança da Ressurreição, Dogmas da fé que a mesma cultuava.
Senti, que ali estava tudo em paz, e que
nem mais um sinal de energia habitava aquela matéria.
Aguardamos, sem muito tardar, pois havia muitos idosos no sepultamento...
Seguia o cortejo, a passos lentos, e surge,
vindo de outro jazigo, um homem trajando roupas medievais, com feições que
poderia ser confundida com um inquisidor desencarnado (me perdoem, risos), e começa a altos brandos, a clamar por todos,
os que ali aguardariam, junto aos demais, a vinda do Cristo para tomarem seus
corpos ali "guardados", e
serem novamente ocupados, para fazer companhia,"a mais essa irmã ", e dizia repetidamente o nome, e evocava
outros cujas famílias se faziam presentes, e determinava, que todos ali
permanecessem em vigílias.
Meu
ouvido entupiu... Entendi o recado...
Amados, que absurdo!
Dei Graças a Deus, que nossa familiar
estava longe dali, e lamentei a corrente obsessiva, que se mantém nesse local,
pela fé não esclarecida ou não vivida que a quantos, mantinha e mantém ali?
E, enquanto determinava aos espíritos, que
por desventura, ali estavam, zelando seus sepulcros, falava em nome de Jesus e
sobre todos os túmulos espargia água benta...
Naquele instante entendi, o peso de seres
desencarnados, a mais de cem anos ou mais, que fizeram daquele lugar, creio, sem
muita noção de local suas residências, no aguardo, de nem bem sabem o que, pois
se seus amigos espirituais, que ali se encontravam, não conseguiam demovê-los
dali, pois ainda sobre as ordens daquele verdugo assustador, encarnado, creio
que ali aguardarão...
Conheço, muitos locais, onde corpos, ou
vestes usadas por espíritos, que já retornaram ao Plano Real da Vida,
repousam,mas nunca, em nenhum desses locais, nem quando estive na Bahia, onde o
pátio do Mosteiro de São Francisco abriga sob os nossos pés, inúmeros corpos de
pessoas falecidas, durante a peste no final do século dezoito e inicio do
dezenove, senti no físico, fato assim.
O tema que abordei hoje, me veio, como um complementar do tema
das “FLORES”, e perdoem, se faço
essa colocação, repetida, mas lhes pergunto: Neste cemitério, denso, no portão,
onde todos adentram... Tem uma ampla floricultura... Você compraria
flores dali? Para sua casa?
Shalon,
Axé, Saravá, Salan Maleiko, Salve, Aleluia, Bença, Amém, Assim Seja, Namastê...
Fraterno e grande abraço,
Mara
Bahia.
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