A semelhança de um pássaro a lançar-se do ninho ao vento, nasce no
homem o desejo íntimo e pleno de ser útil ao grupo que o cerca...
O menino carrega
chinelos para agradar ao pai, a terna mãe sacrifica-se em prol dos filhos, e os
avós sublimam-se por seus amados...
O mundo porém esquece-se de cultivar belos
impulsos: atraem, ofusca, suprime e frusta todos os sonhos e puros
desejos...
Então os seres
esquecem-se na fumaça de situações malquistas, angustiam-se no despetalar de
sonhos, e submissos, humilhados e fracos despertam para Deus...
És bendito, ó sofrimento que tortura...
És restaurador
qual água ao moribundo sedento... pois fazes com que o lago egoísta, abra suas
fontes a um leito e rio fecundo se torne...
Como
és sábio, ó Ser que o governa, transformando em plumas, espinheiros
cruentos...
Trazendo
a Ti com plena candura, o pálido pássaro rojado ao vento...
Em: 15/12/1984
Nenhum comentário:
Postar um comentário