Na maciez do veludo deitaste a cabeça, e despertastes menos fatigado...
Na amplidão das cobertas que te zelaram o sono, cobriste o teu corpo...
Na segurança do lar, tiveste teu crescimento amparado...
Na mesa em que te apoiava ,encontraste o caldo que te refez a saúde...
Do coração materno tivestes conselhos ,que te guiaram a juventude...
No limiar da maturidade tivestes um lar, que te adornou a existência...
Porém, justificativa as vezes o mal que te aflige como abandono, acusas as falhas que possues, como falta de amor na infância, e descobres em ti traumas e frustrações que encontram em terceiros as responsabilidades maiores...
Esqueces , que ouve quem não tinha pão que lhe saciasse a fome, não ouviu acalantos por estar distante do Lar; não teve onde repousar sua Cabeça, nem tampouco amparo para suas feridas da Alma Santa.
E ao morrer na matéria, amaldiçoado por muitos, não viu um culpado...
Apenas crianças...
Somente irmãos...
Em: 03/02/1985
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