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23 de agosto de 2013

Falando sobre Jurema Flecheira...

Olá, queridos.

Tudo bem?

(Continuando...)

Essa falange é composta por antigas entidades, que por muito tempo foram vistas como lendas: "As Amazonas".


No ano de 2010, foram  os arqueólogos que comprovaram, baseados em citações de Heródoto e muitos estudiosos gregos, que encontraram os primeiros sarcófagos de mulheres guerreiras, enterradas com suas vestes e armas de combate.

Acabou-se a lenda, surge à história, nas citações gregas, as Amazonas, eram assim chamadas por serem uma comunidade formada apenas por mulheres que dividiam suas atividades na proteção do grupo e eram lideradas por duas rainhas irmãs, Hipólita e Penteseleia.


A rainha guerreira Hipólita, liderava o grupo que guerreava e caçava, e tratava da provisão daquele grupo de mais de 600 mulheres. Não há uma numeração segura de quantas ali lutavam, mas sabe-se que ao todo ultrapassavam mil. Fora as crianças.

Bem, quando algumas mulheres resolviam ter filhos, dirigiam-se até a líder do clã Penteseleia, e essa permitia que encontrassem alguns homens da região para terem com esses filhos.

Caso nascessem meninos, há duas correntes que divergem:

A primeira dizia que elas ofereciam o bebê em sacrifício, e a segunda que elas os entregavam para seus pais. Isso a história revelará com certeza.



Desde o seu nascimento, era observada na menina sua tendência a ser canhota ou destra e assim se definia qual seio seria, enfaixado ou através de processos que historiadores discordam como, amputação e queima do local do mesmo.

Elas possuíam apenas um seio, os gregos falam em seio direito, para melhor puderem vergar o arco e flechas, ou o esquerdo, caso fossem canhotas.


Bem, essas entidades, em processo de evolução, foram aos poucos reencarnando e liberando-se como tudo e todos mais, de suas crenças e costumes, até adquirirem condições espirituais para trabalharem nos templos de Umbanda como Guerreiras de Segurança e proteção.

Há relatos de encarnações atuais, mas sabe-se que no século passado ainda havia em grande número, antigas Amazonas entre os encarnados, em processos dolorosos de purificação. E assistidas de modo especial por suas irmãs já libertas.


Assim sendo, hoje quando se apresentam em templos por evocação, surpreendem muitos videntes, pois usam calças franjadas, como apaches, o arco e flechas atravessados no ombro e na mão um pequeno machado, que foi inventado por elas, e também um escudo em forma de lua crescente, apresentam-se nuas na parte superior do corpo, e permanecem, como sinal de identificação, com a forma perispiritual de terem apenas um seio.

São belas e de expressão forte e enérgicas.


Espero ter conseguido falar mais um pouco do que normalmente se sabe sobre essas entidades, que dificilmente sorriem, mas trabalham para sua e nossa evolução.



Abraço fraterno e excelente final de semana!
Mara Bahia.

2 comentários:

  1. Interessante e intrigante, principalmente a questão de um único seio entre as Juremas, pois na psicanálise existe a teoria de seio bom e seio mau na maternidade. O fato de que os meninos poderiam ser mortos (descartados), lembra o nascimento indesejado das meninas na China, que também são descartadas. Caberia uma pesquisa mais aprofundada para ver se existem outras relações. Grande abraço e um bjo. Parabéns pelo blog.

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    1. Olá, Corina.

      Tudo bem?
      Adorei as tuas colocações, realmente faz bastante sentindo. Naquela época, as "Juremas", eram comunidades unicamente femininas. Gostei muito, dessa colocação e sugestão, relacionando a psicanálise e as crianças na China.

      Vou pesquisar.
      Obrigada, pelo apoio e incentivo.
      Um beijo grande!!!!

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