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24 de abril de 2013

Textos... um chá, uma lembrança e várias conversas...

Olá...

É interessante, como a nossa visão de importância, ou de ser o mais real dentro da aparente irrealidade, nos surpreende nas leituras o interesse nos textos.

Como já postei em outras vezes, nem sempre escrevo o que espero, o texto se modifica entre meus dedos e como só leio quando corrijo, muitas vezes percebo ser bem diferente que o imaginado.

Bem, quando escrevi sobre elementais, ou seres da natureza, eu achei que despertaria mais interesse que os elementares, até porque, apesar de parecer ficção ,a existência dos elementais, é provado, dentro do que “acredita-se”, por várias culturas, e épocas e se perceberem, muitos já os tivemos em trabalhos, dentro da umbanda na própria evocação as sereias dos rios, mares e lagos...

Mas o texto elementares chamou mais atenção, pela crença de que o ser humano ,não pode regredir ,o que não é verdade.

Sabe-se que pode involuir até apenas o princípio do chacra coronário como um cordão umbilical de ligação com o criador,na forma de um ovóide pouco maior que um ovo de pato, e menor que um ovo de ema.

Entretanto, esse processo, leva séculos para acontecer, e também depende da forma como esse espírito degenerou-se a tal forma.

Não há injustiças na Lei Divina, logo a colheita sempre se assemelha a semeadura...
A capacidade fantástica de amar ,se invertida para odiar, vai deformando, a forma perispiritual até essa degradação.

Mas já falei, sobre esses seres, e que apenas através  restabelecem sua forma perispiritual de forma lenta e gradual, a partir das reencarnações, e da aceitação de seus futuros pais terrestres,deles próprios, e  a capacidade de amarem-se.


Termos filhos perfeitos, é o sonho de cada casal que concebe, porém nem sempre isso acontece.

Conheci, por intermédio de minha mãe ,quando fazia meu enxoval para casar-me, um anjo em forma de mãe, que acolheu em seu corpo e coração cinco filhos homens, que tinham graus de deficiência física e mental, em graus diversos.

Ela era esposa de um empresário, mas como esse “muito raramente”, ia até a residência, pois viajava muito, dava-lhe suporte financeiro e, o prazer de revender roupas de cama, banho, mesa, para amigas para que se distraísse e ao mesmo tempo ficasse junto aos filhos, que com alegria enorme nos recebiam a cada visita, até ter completado minhas necessidades para construir minha casa,e torná-la em lar.

Era incrível a harmonia daquela família, que apenas tinha o filho caçula "normal", e era seu anjo de luz a acarinhar e cuidar também da mãe ,junto a 4 pessoas auxiliares, que diminuíam naquele pai ,o remorso de não estar ali...

A casa era linda, bem ampla para cadeiras de rodas, e circulação de tantas pessoas .

Mas sentíamos, na conversa (possível) por meio de sinais, e alguns sons, algumas palavras de outro, a capacidade de raciocino e expressão de outro, que as compras que fazíamos alegrava a todos, que de uma certa forma me auxiliaram ,e a minha mãe nas nossas escolhas e compras.


Eram seres especiais, tive piedade do pai. A casa era um Lar ,eles haviam aceitado as limitações que a encarnação exigia de cada um ,e a cada dia a mãe, que havia me encantado pela doçura no tratamento individual e coletivo, lia para eles.

O que possuía maior grau de dependência física, na hora em que ela lia, livros de auto ajuda e lições de Jesus, dormia ,e com toda certeza afirmo, ouvia em espírito, e acordava sorrindo .

Os demais se expressavam e sempre que íamos lá, nos convidavam a ir perto das 18 horas, quando acontecia a leitura.

Não sei, o quanto durou a prova de cada um, mas creio, que por informações de amigos, hoje, apenas 3 estão vivos na matéria, e o seu caçula lhes deu netos e sobrinhos.

Poderia falar mais sobre essa família, amada por quem os conheceu, pela alegria de estarem vencendo as suas provações.

Creio que a sabedoria Divina, antecipando, a fraqueza que teria o pai no labor junto a seus filhos, o proveu de muitos bens, para que mesmo ausente, nada faltasse a aqueles que tenho certeza, talvez de forma dolorida, os amava de “seu jeito”.


Lembro-me de ver o mais velho com 25 anos, outro 23, outro com 20 outro de 18 e o caçula 15.

De uma coisa eu tenho certeza, muitas vezes, contou-nos ela, recebia criticas cruéis de ter tido “tantos” filhos deficientes...

Ela apenas sorria e calava, pois melhor que qualquer um, sabia que a cada vinda ao físico, viriam em melhores condições, e por diversas vezes a ouvi, juro que emocionada, a afirmação do quanto talvez ,fosse responsável por tê-los nesta etapa ,em provação tão severa.

Seres raros assim, nos encantam e fascinam,ela sempre sorrindo facilitava, a quem comprasse o que vendia ,para novos lares, enfeites,e adereços,pois percebia  a alegria dos filhos,na ajuda as nossas decisões,e a faziam feliz, enquanto tomávamos chá de laranjeiras, e beliscávamos,biscoitos, junto a esses mestres de vida,que sem perceber, fazíamos felizes.

Um excelente dia, Abraço Fraterno,
Mara Bahia

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